O programa Bolsa Família é, com certeza, uma das maiores vitrines da atual gestão do Governo Federal. O Programa, segundo dados do próprio Governo, teria sido responsável pela ascensão social de milhões de brasileiros no país, através da distribuição de renda, mas no caminho, se tornou uma das maiores torneiras de gastos públicos do Governo: uma despesa anual de mais de R$ 25 bilhões por ano. Em meio à crise econômica, muitas das famílias beneficiadas pelo programa estão receosas com a possibilidade de ter seus benefícios cortados. Mas há risco de os beneficiários perderem mesmo seu benefício? Confira a seguir.
Como funciona o Bolsa Família
O Bolsa família 2022 é um programa de distribuição de renda nascido durante a Gestão do Presidente Lula, mas que se trata da unificação de diversos benefícios sociais criados ainda na gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele foi criado para auxiliar as famílias mais pobres, através da remuneração proporcional ao número de crianças vinculadas ao grupo familiar, e com um auxílio extra para as famílias mais pobres, no valor de até R$ 77,00 – de acordo com o valor do salário mínimo de 2015.
Motivo da apreensão das famílias
Muitas mães de família temem pelo fim do programa social do Governo. Para milhões de famílias, o Bolsa é única fonte de renda do grupo familiar, especialmente em cidades em que não há oferta de emprego. Como os rendimentos já são naturalmente muito baixos, as famílias passariam em caso de corte, de uma situação de pobreza para completo desamparo social.
Vale lembrar que, apesar das críticas dos partidários da direita, o benefício é realmente muito baixo. Não chega a ser suficiente para as despesas mais básicas do sustento das famílias mais pobres, é apenas uma ajuda paliativa no combate à pobreza. As receitas do Bolsa Família também são bem inferiores se comparadas ao pagamento de outros benefícios pagos aos cidadãos, como o abono salarial e o seguro desemprego – especialmente esse último.
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Corte de benefícios no horizonte?
Em meio à crise financeira e política, existe um clamor na sociedade pelo corte nos gastos do Governo Federal. É completamente descartada a possibilidade do fim repentino do programa social, ou mudanças significativas no calendário do bolsa famílias 2022, já que o impacto negativo para a gestão atual seria irremediável, mas pode ocorrer sim uma triagem dos beneficiários para redução da quantidade de benefícios pagos. Vale lembrar que há milhares de famílias que continuam recebendo o benefício, mesmo não tendo mais direito ao mesmo, em decorrência do aumento da renda familiar, nesse caso, seria só uma questão técnica de recadastramento.
Além disso, o Governo Federal descarta veementemente a redução dos benefícios pagos, inclusive já tendo aumentado o orçamento do programa em R$ 3 bilhões para o próximo ano. Assim, é pouco provável que as famílias mais necessitadas percam injustamente seus benefícios, a menos que o Governo adote critérios muito arbitrários para o recadastramento das famílias beneficiadas.